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Fiscalização na indústria de alimentos: como evitar problemas

20 de março de 2023

Fiscalização na indústria de alimentos: como evitar problemas

Todos os dias a indústrias alimentícia passa por diversos desafios para se manter competitiva, manter a qualidade do produto e atender seu público com da melhor forma possível, ao mesmo tempo que atende todas as normas de fiscalização, essa, que tem ficado mais rigorosa a cada dia que passa.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) se baseia na legislação sanitária do governo brasileiro, portanto, leis federais, independente de qual região do país a indústria se encontra.

Porém, se engana quem vê a fiscalização como um problema. As indústrias que se adequam as normas da ANVISA tem um diferencial competitivo, não só institucional, como também vê seus concorrentes saindo cada vez mais do mercado por não se adequarem.

Hoje, a grande maioria dos clientes da Sunnycenter são indústrias alimentícias, e pensando no bem-estar de nossos clientes, separamos algumas dicas para evitar problemas com a fiscalização.

Evitando problemas com instalações

Uma das partes mais trabalhosas e custosas de adaptação a fiscalização são as instalações e edificações, justamente por, normalmente, essas adaptações necessitarem de reformas estruturais. Abaixo algumas necessidades dentro desse quesito.

Iluminação: A iluminação precisa proporcionar uma visualização para que as atividades sejam realizadas sem riscos, e sem comprometer o alimento e a higiene. Luminárias e fiações precisam ser embutidas para evitar explosões;

Portas e janelas: Sempre justas ao batente. Na parte externa na preparação precisa ter fechamento automático;

Aberturas externas: onde houver armazenamento e/ou preparação de alimentos, as aberturas externas devem ter telas removíveis milimetradas para impedir o acesso insetos, ratos e outras pragas. O sistema de exaustão se enquadra nesse quesito.

Ventilação: o ar precisa garantir a temperatura e um ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão e vapores, evitando danos a produção. Exaustores artificiais precisam de manutenção com alta frequência.

Gás: fora da área de manipulação dos alimentos e longe de calor excessivo. O local precisa ser ventilado e protegido.

Salas e estações de trabalho: rede de esgoto (na parte externa) compatível com o volume residual e água corrente;

Paredes, piso e teto: Precisam de revestimento impermeável e lavável. Não podem conter danificações como: rachaduras, vazamentos, infiltrações, bolores, etc.

Ralos: devem ser do modelo sifonado e com grelhas para facilitar a abertura e o fechamento.

higienização das mãos é obrigatório possuir lavatórios na área de produção, e com um aviso mostrando a forma correta de lavar as mãos.

Instalações sanitárias: não podem ter comunicação com a área de produção dos alimentos. Os sanitários para os manipuladores devem ser identificados e precisa ter os produtos para higiene pessoal (papel higiênico, anti-séptico, sabonete, etc.), além de sistema automático de secagem de mãos ou toalhas de papel não reciclável, e torneiras com acionamento automático. E portas necessitam fechamento automático. Lixeiras, preferencialmente com pedal.

É importante salientar que o acesso às áreas onde há manipulação de alimentos deve ser extremamente restrito e controlado.

Evitando problemas com equipamentos, móveis e utensílios

Os itens que entram em contato com os alimentos não podem interferir no produto, portanto não podem exalar substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos,. Também resistentes a corrosões, devem ser de superfícies lisas, isentas de imperfeições, de parafusos, porcas e rebites e devem ser devidamente identificados.

Os equipamentos devem ter um formato de fácil higienização e não podem ser posicionados de forma que atrapalhem a movimentação os colaboradores.

Os equipamentos de resfriamento precisam conter um termômetro para realização de conferência diárias. Também é necessário um documento com todas as conferências do mesmo.

As lixeiras devem seguir os mesmos padrões das sanitárias e os objetos que não são mais utilizados, devem ser retirados da área de produção.

E claro, as manutenções preventivas dos equipamentos devem ser feitas de acordo com o manual do fabricante.

Evitando problemas com os colaboradores

Todos os colaboradores envolvidos na produção e/ou manipulação de alimentos precisam passar por um treinamento sobre a função, que deve ser documentado.

Os uniformes não devem ser utilizados fora do local de trabalho, precisam ser trocados diariamente, ser de tons claros (branco de preferência) e sem bolsos além de estar em bom estado de conservação. Os sapatos devem ser fechados ou botas de borracha (preferencialmente brancas).

Os colaboradores devem estar sempre com as unhas cortadas, sem esmalte, sem qualquer tipo de maquiagem, adereços (brincos, pulseiras, anéis, etc.), com o cabelo dentro da touca higiênica, e com a barba feita e preferencialmente de máscara.

Os EPIs – Equipamentos de proteção individual (luvas, botas, aventais, toucas, máscaras dentre outros) têm de estar sempre disponíveis e o uso é obrigatório.

Os colaboradores devem passar por exames de saúde periodicamente, e esses mesmos devem ser documentados, afim de evitar qualquer tipo de contaminação no alimento.

Onde ocorrer processamento de alimentos, é proibido manusear dinheiro, fumar e se alimentar.

Evitando problemas com higienização

A higienização é um dos fatores fundamentais na indústria, já que ela que vai evitar a contaminação dos alimentos, portanto é um dos pontos mais fiscalizados.

Qualquer pessoa que for fazer a desinfecção de locais, utensílios ou equipamentos, precisa ser comprovadamente qualificados (certificados de cursos e /ou treinamentos).

Onde há manipulação ou estocagem de alimentos, não se pode varrer a seco, isso evita que se transporte sujeira pelo ar, e os produtos de limpeza devem ser neutros, não deixando resíduos ou odores no ambiente.

A equipe de limpeza deve ser separada, evitando que as mesmas que limpam áreas que contém alimentos, higienizem também áreas sanitárias.

Materiais de limpeza precisam ser aprovados pelos órgãos competentes, devem ser separados por setores e guardados em local apropriado, longe da área de alimentos.

Em lixos e resíduos devem ser separados (orgânicos, descartáveis, vidros, químicos, etc) e descartados de forma correta, em locais designados e apropriados. As lixeiras das áreas de manipulação devem ser esvaziadas sempre que possível. Esses também não devem sair por onde a matéria-prima chega, caso não seja possível, é obrigatório a alternância das duas atividades.

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O controle de pragas tem de ser realizado por uma empresa ou colaborador qualificado, de acordo com as indicações do fabricante do produto, e nas áreas internas devem ser utilizador produtos de baixa toxicidade.

Animais são expressamente proibidos.

Confira a periodicidade que você deve higienizar a indústria

Evitando problemas com a matéria-prima

Para que as matérias-primas que entram nas indústrias de alimentos devem existir um critério (baseado na segurança dos alimentos), que aborde todas as etapas, desde a compra até seu armazenamento.

Compra: Confira se seus fornecedores estão legalizados, se atendem aos requisitos, e estão em conformidade com o que é exigido pelos órgãos fiscalizadores;

Recebimento: O recebimento das matérias-primas deve ser realizado em local apropriado. É importante que o colaborador responsável pelo recebimento, fiscalize corretamente o produto, para a liberação ou não de tal matéria-prima. Após esse processo a matéria-prima deve ser direcionada para o armazenamento, caso esteja em boas condições, e devolvida imediatamente ou armazenada separadamente, caso não esteja em boas condições;

Armazenamento: O local de armazenamento deve estar em ótimo estado de conservação e limpeza. Os produtos devem ser alocados de acordo com a temperatura exigida, data de vencimento, lote, etc fatores.

Matérias-primas que não precisarem ser refrigeradas devem ser alocadas dos pisos e paredes;

Evitando problemas embalagem e transporte

Embalagens não podem representar uma ameaça à segurança dos alimentos, por isso é de grande importância estar atento também à situação legal dos fornecedores de embalagens e a manutenção dos equipamentos.

As embalagens não podem transmitir aos alimentos qualquer componente indesejável, tóxico ou contaminante, e deve ser adequada à temperatura a qual o produto será submetido. Quanto à embalagem reciclável, essa deve ser durável, fácil de limpar e desinfetar. Embalagens plásticas só diz respeito a PET pós-condensada. São proibidas embalagens recicladas feitas de borracha.

O meio de transporte deve estar higienizado, e possuir certificado de vistoria pelo órgão competente. O transporte deve manter a temperatura de armazenagem do alimento.

Não é permitido utilizar o mesmo transporte para outros alimentos ou substâncias estranhas que possam oferecer algum risco ao produto. Também é expressamente proibido transportar pessoas ou animais nos baús ou caçambas, e é importante que a cabine do condutor seja isolada da parte que contenha os alimentos.

No rótulo deve haver todas as informações necessárias do produto. Seguem alguns exemplos:

  • Identificação da origem (país – fabricante/produtor/importador/distribuidor);
  • Identificação do lote;
  • Prazo de validade (caso se aplique);
  • Prazo de validade após aberto;
  • Instruções de uso do produto;
  • Contato do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC);
  • CNPJ do fabricante/produtor/importador/distribuidor;
  • Endereço do fabricante/produtor/importador/distribuidor;
  • Cuidados para conservação;
  • Simbologia de identificação de materiais e de descarte seletivo;
  • Lista de todos os ingredientes;
  • Informação nutricional;
  • Informações sobre alergênicos;
  • Informações sobre transgênicos;
  • Registro do Ministério da Agricultura.

Todas as informações do rótulo devem estar descritas com clareza, permitindo o entendimento do consumidor, para que o mesmo use o produto com segurança.

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